31 de jan. de 2009

MENESTREL - William Shakespeare


Depois de algum tempo você aprende a diferença, a sutil diferença entre dar a mão e acorrentar uma alma.

E você aprende que amar não significa apoiar-se. E que companhia nem sempre significa segurança.

Começa a aprender que beijos não são contratos e que presentes não são promessas.

Começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança.

Aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão.

Depois de um tempo você aprende que o sol queima se ficar exposto por muito tempo.

E aprende que, não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam…

E aceita que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la por isso. Aprende que falar pode aliviar dores emocionais.

Descobre que se leva anos para construir confiança e apenas segundos para destruí-la…E que você pode fazer coisas em um instante das quais se arrependerá pelo resto da vida.

Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias. E o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem na vida.

E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher.

Aprende que não temos de mudar de amigos se compreendemos que os amigos mudam…Percebe que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos.

Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa… por isso sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas; pode ser a última vez que as vejamos.

Aprende que as circunstâncias e os ambientes têm influência sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos. Começa a aprender que não se deve comparar com os outros, mas com o melhor que pode ser.

Descobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que quer ser, e que o tempo é curto.Aprende que não importa onde já chegou, mas para onde está indo… mas, se você não sabe para onde está indo, qualquer caminho serve.

Aprende que, ou você controla seus atos, ou eles o controlarão… e que ser flexível não significa ser fraco, ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem, pelo menos, dois lados.

Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as conseqüências. Aprende que paciência requer muita prática.

Descobre que algumas vezes a pessoa que você espera que o chute quando você cai é uma das poucas que o ajudam a levantar-se.

Aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que se teve e o que você aprendeu com elas do que com quantos aniversários você celebrou.

Aprende que há mais dos seus pais em você do que você supunha.Aprende que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens…Poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso.

Aprende que quando está com raiva tem o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de ser cruel.

Descobre que só porque alguém não o ama do jeito que você quer que ame não significa que esse alguém não o ama com tudo o que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso.

Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém…Algumas vezes você tem de aprender a perdoar a si mesmo.

Aprende que com a mesma severidade com que julga, você será em algum momento condenado.Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não pára para que você o conserte.

Aprende que o tempo não é algo que possa voltar. Portanto, plante seu jardim e decore sua alma, em vez de esperar que alguém lhe traga flores.

E você aprende que realmente pode suportar… que realmente é forte, e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais. E que realmente a vida tem valor e que você tem valor diante da vida! Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o bem que poderíamos conquistar se não fosse o medo de tentar.

29 de jan. de 2009

Que Deus louco é esse?

A Mensagem da Cruz é loucura para os que perecem; mas para nós, que somos salvos, é o poder de Deus. Porque está escrito: Destruirei a sabedoria dos sábios, e aniquilarei a sabedoria o entendimento dos entendidos.Onde está o sábio? Onde está escriba divino? Onde o questionador deste século? Porventura não tornou Deus louca a sabedoria deste mundo?
Sabe-se da nulidade desses esforços e jactâncias humanos porque, pela Sabedoria de Deus, o mundo não o conheceu pela sua própria sabedoria. Isto porque Deus mesmo decidiu se revelar como Salvador dos que crêem pela loucura da pregação.Enquanto isto os Judeus e todos os religiosos pedem sinal para que possam “crer”, e os gregos e sábios buscam sabedoria como evidencia que lhes garanta um fácil e lógico repouso numa “fé” que pela sua própria natureza não daria a glória nenhuma a Deus.

Nós, no entanto, pregamos a Cristo Crucificado, que é escândalo para os religiosos judeus ou não, e loucura para os gregos e também para os que se presumem racionais.

Todavia, para os que são Chamados pela Graça que trás revelação—tanto judeus como gregos—, Cristo é discernido como poder de Deus, e sabedoria de Deus.Saiba-se assim que a loucura de Deus é mais sábia que os homens; e a fraqueza de Deus é mais forte que os homens.Para se entender isto basta que o próprio indivíduo se enxergue. Se não, vejam irmãos.

Olhem para si mesmos. Observem a natureza do seu próprio chamado. Notem que não são muitos os sábios segundo a carne, nem muitos os poderosos, nem muitos os nobres que são chamados.Pelo contrário, Deus escolheu as coisas loucas do mundo para confundir os sábios; e Deus escolheu as coisas fracas do mundo para confundir as fortes; e Deus escolheu as coisas sem nobreza do mundo, e as desprezadas, e as que não são, para reduzir a nada as que são.E por que?Ora, para que nenhum mortal se glorie na presença de Deus!Mas Graças a Deus que somos Dele em Cristo Jesus. Sim! em Cristo, que para nós foi feito por Deus Sabedoria, e Justiça, e Santificação, e Redenção!

Em Cristo Jesus temos tudo. Dele vem nossa suficiência. Mas a fé não é de todos. Pois nem todos conseguem se entregar por inteiro a essa Loucura que se torna sabedoria exclusivamente pela fé.E alguém pergunta: Por que é assim?A resposta de Deus não atende às demandas das crenças religiosas—que precisam sempre se auto-justificar—e nem socorre aos caprichos do racionalismo—que pretende sempre explicar—pois que está escrito: Aquele que se gloria, glorie-se no Senhor!


Assim, que toda boca se cale.


Que faça-se silencio.


E que quem quer que deseje se gloriar, glorie-se de não ter do que se gloriar.


Antes exalte com gratidão ao Deus que a ele se revelou em Graça.




CaioEm parceria alegre com o irmão Paulo.


para saber mais acesse: http://www.caiofabio.com.br

Teologia Sistemática


Além dos tradicionais assuntos tratados em uma Teologia Sistemática, esta obra proporciona ao leitor os seguintes diferenciais:

• Adota uma metodologia integrativa que analisa importantes questões religiosas, históricas, apologéticas e práticas. Essa metodologia divide o estudo em 6 etapas: definição do problema; estudo histórico e comparativo (com um estudo das religiões, seitas e filosofias mais significativas); estudo bíblico; estudo sistemático, estudo apologético e aplicação prática na vida e no ministério.

• Inclui respostas a problemas relevantes levantados pela situação cultural atual Portanto, o leitor terá em mãos uma obra que vai além da mera sistematização do ensino bíblico, pois procura responder de forma adequada a questões cruciais do contexto atual.

28 de jan. de 2009

Fórum Social inicia sem queima da bandeira americana

Apesar da forte chuva, a tradicional marcha abriu o Fórum Social Mundial em Belém. Os milhares de participantes cruzaram a avenida do centro da cidade com seus gritos de guerra contra a destruição do meio ambiente, o capitalismo predatório; e a favor da inclusão social, do povo palestino, dos índios da Amazônia e outras causas.
A novidade foi a ausência do tradicional "fora Bush" e da bandeira americana queimada. Um garoto que desfilou enrolado na bandeira do povo que elegeu o democrata Barack Obama nem chegou a ser vaiado.

Também houve gritos contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, saídos de grupos do PSTU, e a favor, no grupo do PT. Em vários momentos da marcha, que parou o centro da capital paraense, a crise econômica mundial foi lembrada em gritos, discursos, faixas.

Na verdade ela parece servir como uma espécie de combustível para o fórum, que vem perdendo força. A trombada do sistema financeiro é vista por muitos participantes como a confirmação das teses que defendem, sobre a necessidade de mudanças de rota na economia mundial.
Segundo os organizadores, quase 70 mil pessoas foram à marcha. Para os debates, que começam hoje e vão até domingo, o total de inscritos deve chegar a 100 mil.
Eles terão à disposição 2.400 eventos, entre seminários, debates, mesas-redondas, conferências, atos e manifestações. Na área cultural estão previstas 200 manifestações.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Extraído do site:
http://br.noticias.yahoo.com/s/28012009/25/manchetes-forum-social-inicia-queima-da.html

27 de jan. de 2009

Dica de Filme - O Clube de Leitura de Jane Austen



Sinopse: Hoje em dia, o interior da Califórnia pode estar bem distante da regência inglesa, mas algumas coisas nunca mudam. Nós continuamos um tanto preocupados com as complexidades do casamento, da amizade, relacionamentos românticos, posição e boas maneiras e muito mais assim como foi Jane Austen em meados de 1800.
O CLUBE DE LEITURA DE JANE AUSTEN revela a vida de um grupo de amigas nos tempos de hoje através do mordaz ponto de vista de sua heroína literária.
Seis membros do clube do livro, seis livros de Austen, seis histórias entrelaçadas durante seis meses no moderno e ocupado cenário de Sacramento, onde a cidade e o relaxado subúrbio encontram a beleza natural. Enquanto as histórias contemporâneas nunca tenham sido parecidas com as de Austen, as cinco personagens encontram semelhanças, prognósticos, sabedoria e conselhos sobre suas próprias trajetórias em meio as tão amadas narrativas de Austen.

25 de jan. de 2009

Este vídeo é bárbaro.!

Assista o vídeo primeiro.

Mas um Samaritano, que ia de viagem, chegou ao pé dele e, vendo-o, moveu-se de íntima compaixão. Lucas 10:33

Fazemos distinção entre as pessoas. Julgamos o que está mal vestido, o deficiente e muitas vezes não vemos a capacidade que essas pessoas têm. Assim como na parábola do Bom Samaritano, todos dão a volta, voltam as costas para o que necessita de ajuda, mas o Samaritano, aquele que era marginalizado, discriminado, foi o único que se compadeceu do necessitado, do pobre que havia sido espancado, assaltado e deixado jogado na estrada. Jesus nos ensina que o próximo é o que ajuda, não o que está apenas perto de nós. Assim como no vídeo, a mulher julgou alguém que, no fim de tudo, estava querendo ajudá-la. Aqui, neste vídeo, ocorre o contrário, é o marginalizado que vem em socorro de alguém que o julga antes do tempo. Qual tem sido a nossa atitude em situações como esta? O que temos pensado de pessoas que se chegam a nós sem termos a mínima idéia do que querem? Qual tem sido o nosso julgamento? Temos esse direito: julgar sem saber quem é ou do que se trata? O chamado Bom Samaritano não pensou duas vezes, socorreu o homem que jazia na estrada, levou-o a uma hospedaria e ainda disse que se o dono da hospedaria tivesse algum gasto a mais com o pobre moribundo na volta ele pagaria o restante. Que nos sirva de exemplo esta atitude e que não julguemos, como fez a mulher, com o homem que apenas queria salva-la do trem.

João Marçal - Bacharel em Teologia

Soli Deo Gloria

24 de jan. de 2009

O filósofo Friedrich Nietzsche escreveu no século XIX:"Eu acreditaria somente num Deus que soubesse dançar."
Neste livro, o teólogo e filósofo Silas Barbosa Dias enfatiza a fé num Deus que sabe dançar e convida o leitor a participar da festa do universo.Com uma coreografia magistral de pensamentos encorajadores, o autor propõe um novo ritmo para vivermos a vida com sabedoria e faz reflexões que nos mostram que é possível manter a chama da existência com alegria.Em Creio num Deus que Sabe Dançar você será convidado a refletir sobre alguns temas:- O Senhor da Dança, um Convite à Alegria- Viver ou Levar a Vida?- Dance a Sinfonia da Vida- Transformando Hábitos- Supere as Adversidades com Sabedoria- Plante Boas Sementes "apesar de"- A Multifocalidade do Amor- Faça Planos com Fé- O que Você Tem é Suficiente para o Milagre- Viva com Entusiasmo- Ecoteologia: Todo Universo DançaComo diz o autor: "No espetáculo imperdível da vida, é tempo de erigir altares festivos em nosso coração, em homenagem ao Deus da alegria e da esperança. Somos os convidados especiais da festa da vida, numa contagiante espiritualidade sem barreiras.
"Sobre o autor:Silas Barbosa Dias é filósofo, escritor, teólogo. É mestre em Estudos Ecumênicos pela Unigevé (Université de Géneve), na Suíça; especialista em Psicoterapia e Psicanálise e doutorando em teologia na Free University of Amsterdam (Holanda). Preside o Instituto Multifocal. É consultor Multifocal em Gestão de Pessoas. Docente da UniFil (Centro Universitário Filadélfia e Londrina). Autor dos livros Quatro Passos para a Mudança Interior e No Jardim de um Pensador, ambos publicados pela Editora Cultrix.
Para adquirir o livro acesse o site:

23 de jan. de 2009

Você se parece mais com Ele do que imagina

Pai, afasta de mim este cálice ... Estando angustiado orou mais intensamente ... Seus discípulos dormiam. Lucas 22.39-46


Às vezes nos sentimos sozinhos, como se ninguém pudesse entender o que se passa dentro de nós. Foi assim que Jesus se sentiu horas antes de ser entregue à morte, quando estava com os amigos que não conseguiram sequer manterem-se acordados ao seu lado.


Às vezes tudo aquilo que sabemos perde a força diante da confusão e do medo, da sensação de que até Deus nos abandonou, que não se importa conosco. Foi isso que Jesus sentiu quando teve a sensação que até o Pai o havia abandonado.


Às vezes estamos sofrendo tanto que precisamos desabafar e em nosso desabafo dizemos que não cremos mais ou que vamos desistir de tudo. Discordamos da maneira de Deus fazer as coisas. Foi isso que Jesus sentiu quando orando afirmou que não queria mais morrer, pediu que uma alternativa fosse apresentada. Passe de mim este cálice, foi o que pediu.


Se você é uma pessoa normal, que sente as dores desta vida, mesmo aquelas que não têm nome, se assume suas frustrações, se sua fé vacila, se muitas vezes tem vontade de desistir de tudo, então saiba, você se parece mais com Jesus do que imagina, porque Jesus se fez mais frágil do que imagina nossa vã teologia.


© 2009 Alexandre Robles

http://www.alexandrerobles.com.br

Caio Fábio



O SURTO ESPIRITUAL GLOBAL

Paulo falou em “paixões da carne”. Jesus advertiu contra as conseqüências da embriaguez, da orgia e das preocupações deste mundo.

As paixões da carne nos são comuns, diz Paulo, tanto pelo egoísmo do desejo de posse, como também em razão das induções do curso deste mundo. São comuns em nosso estado degradado, mas não devem ser jamais um status aceito por um discípulo para a sua vida.

Jesus, porém, advertiu não apenas quanto a práticas pessoais da embriaguez, da orgia e das preocupações deste mundo, mas também acerca das conseqüências de tais coisas na alma humana em geral, em todos os moradores da terra, afirmando que as implicações das conseqüências de tais coisas seriam um fenômeno global.

Desse modo, não basta não praticar a embriaguez, a orgia e evitar o excesso de preocupações deste mundo, pois mesmo os que nada disso fazem ainda estão no mundo, e, no mundo, Jesus disse que prevaleceria o torpor, a embriaguez, a dissolução e o culto ao ter e ao possuir.

Portanto, as “conseqüências” de tais coisas é que acabam nos pegando... e esfriando o amor em sua alegria pura, roubando o prazer na sobriedade e, sobretudo, tirando de nós a confiança em Deus e abismando-nos no culto aos bens, às posses e às seguranças materiais.

O fato é que as “paixões da carne” são alimentadas também pelo espírito reinante, que se impõe até sobre quem não pratica tais coisas.

É por isso que as pessoas vão ficando cada vez mais surtadas e indispostas a qualquer sacrifício ou mesmo a qualquer coisa que lhes demande paciência e perseverança sem aparente recompensa e galardão hedônico e erótico.

O que mais vejo é a explosão de paixões da carne!

É muito surto. É muita des-compensação emocional. É muita ira. É muita raiva. É muita falta de educação. É muito meter-se na vida do outro. É muita vontade de vingança. É muito riso perverso. É muita antipatia gratuita. É inveja demais. É loucura o tempo todo.

Sobreviver em tal tempo é uma grande tribulação para a alma que ama o amor e a justiça.

A sensação que dá é que quase todos estão embriagados.

A lucidez se foi...

O que ficou foi a pulsão, o desejo, o capricho, o tesão de cio, a falta de dignidade, o excesso como coisa natural...

No que concerne ao espírito o que se vê é o culto ao não-espírito.

Por isso, o mundo irá ter que viver na maior crise possível, a fim de aprender que não vem do homem a sua segurança.

Enquanto isso, todavia, é aqui que estamos!

Sim! Somos também invadidos todos os dias pelos bilhões de indução que vibram no ar, nas freqüências de rádio, TV, na Internet, nos livros, nas conversas, nas atitudes, nas esquinas de ofertas de descaminhos; bem como somos também invadidos por tudo o que seja troca; troca afetiva, profissional, etc.

Manter a saúde mental e emocional nestes dias é o maior desafio do discípulo!

O nome mais comum nos nossos dias para a experiência descrita acima é “carência”.

“Carência” é o termo que santifica tal doença em nós!

Entregar-se à “carência” é aceitar a inevitabilidade das conseqüências da embriaguez, da orgia e das preocupações deste mundo.

Jesus, porém, mandou ficar “Acautelado e Vigilante”.

Disse que mantivéssemos a mente em oração a fim de vencermos nestes dias tão maus.

Quem for sábio andará atento, e não carente.

Nele, que nos fala,

Caio

19 de janeiro de 09

Lago Norte/Brasília/DF

http://www.caiofabio.com.br

21 de jan. de 2009


Anselm Grün é um monge beneditino conhecido e reconhecido no mundo inteiro. O autor cristão mais lido da atualidade já possui dezenas de livros publicados em 28 línguas, além de ser também o administrador da Abadia, em Münsterschwarzach, na Alemanha, sua cidade natal. Procurado freqüentemente como palestrante e conselheiro em vários países, tornou-se ícone da espiritualidade e mestre do autoconhecimento no mundo contemporâneo.

Dica de Livro

Ao longo da história, homens e mulheres experimentaram a limitação e o fracasso de suas aspirações de infinito, mas sempre de novo se levantaram de suas próprias cinzas e retomaram o impulso para uma vida melhor, para um mundo mais justo onde seja possível a verdadeira liberdade para todos. É a espiritualidade a partir de baixo com seus caminhos errados e desvios enganosos. Não são as virtudes que abrem o acesso a Deus, mas a fraqueza humana e até mesmo o pecado. Este livro ensina como encontrar Deus tendo consciência de nossa limitação e aceitando com humildade a si mesmo.

Autores: Anselm Grün e Meinrad Dufner

19 de jan. de 2009

U2 - Para mim uma das maiores bandas do mundo

FILME: Desafiando Gigantes




Sinopse


Nunca Desista, nunca volte atrás, nunca perca a fé O PODER DA CRENÇA PROPORCIONA A HABILIDADE DE VENCER. Nos seus seis anos como técnico de futebol americano de uma escola, Grant Taylor nunca conseguiu levar seu time Shiloh Eagles a uma temporada vitoriosa. E ao ter que enfrentar crises profissionais e pessoais aparentemente insuperáveis, a idéia de desistir nunca lhe pareceu tão atraente. É apenas depois que um visitante inesperado o desafia a acreditar no poder da fé que ele descobre a força da perseverança para vencer.

15 de jan. de 2009

Com Cristo no barco


Eu estarei com vocês, todos os dias, até o fim. (Jesus Cristo)


Esta é uma das mais importantes promessas de Jesus aos seus discípulos. Até esta época, quando os judeus queriam “ver a Deus” eles iam ao Templo, que era a representação física da presença de Deus. Jesus, porém, afirmou que Ele é a Plenitude de Deus e que não há mais a necessidade de Templos, rituais, cultos ou qualquer elemento religioso que o represente na terra. Deste modo, só se “vê a Deus” através da fé, na consciência, não em lugares ou representações religiosas.

Outra razão importante para esta promessa era a de encorajar seus discípulos a permanecerem firmes depois de sua partida, porque apesar de todas as expectativas de triunfo constante, a vida lhes seria muito hostil a partir de então, de tal modo que
em alguns momentos eles se sentiriam sozinhos, abandonados, como se tudo o que viveram com Jesus não tivesse passado de uma ilusão. Como por vezes nos sentimos, como se Deus não existisse, ou não se importasse conosco.

Jesus prometeu estar conosco e fez questão de fazer destas suas últimas palavras porque sabia que precisaríamos lembrar disso muitas vezes, quando nos sentirmos sozinhos, quando percebermos nossa maldade, quando o mal sobre nós se abater. Ele não prometeu mares tranquilos, mas prometeu estar em nosso barco sempre. E podemos confiar que tudo está sob seu controle, como Ele confiou no Pai enquanto tirou uma soneca no meio da tempestade (Lucas 8.22-25).

© 2009 Alexandre Robles

www.alexandrerobles.com.br

10 de jan. de 2009

A Igraja do ourto lado


Se você é um líder de igreja ou um membro comprometido e está cansado das fórmulas fáceis para a saúde, crescimento e renovação da igreja, então este livro é para você. A Igreja do Outro Lado aponta o caminho para uma ação séria e uma mudança profunda e libertadora.
Uma boa dica de livro pra quem realmente quer ver mudança no sistema eclesiástico de hoje.
Boa leitura.

8 de jan. de 2009

Texto de Hebert Vianna

'Cirurgia de lipoaspiração?'


Pelo amor de Deus, eu não quero usar nada nem ninguém,
nem falar do que não sei, nem procurar culpados,
nem acusar ou apontar pessoas, mas ninguém está percebendo
que toda essa busca insana pela estética ideal
é muito menos lipo-as e muito mais piração?
Uma coisa é saúde outra é obsessão.

O mundo pirou, enlouqueceu.
Hoje, Deus é a auto imagem.

Religião, é dieta. Fé, só na estética.

Ritual é malhação.
Amor é cafona, sinceridade é careta,

pudor é ridículo, sentimento é bobagem.
Gordura é pecado mortal. Ruga é contravenção.

Roubar pode, envelhecer, não.
Estria é caso de polícia.

Celulite é falta de educação.
Mau caráter bem sucedido é exemplo de sucesso.
A máxima moderna é uma só: pagando bem, que mal tem?
A sociedade consumidora, a que tem dinheiro, a que produz,

não pensa em mais nada além da imagem, imagem, imagem.

Imagem, estética, medidas, beleza.
Nada mais importa.Não importam os sentimentos, não importa a cultura, a sabedoria,

o relacionamento, a amizade, a ajuda, nada mais importa.
Não importa o outro, o coletivo. Jovens não têm mais fé, nem idealismo, nem posição política.
Adultos perdem o senso em busca da juventude fabricada.
Ok, eu também quero me sentir bem, quero caber nas roupas,

quero ficar legal, quero caminhar, correr, viver muito, ter uma aparência legal mas...
Uma sociedade de adolescentes anoréxicas e bulímicas,

de jovens lipoaspirados, turbinados, aos vinte anos não é natural.

Não é, não pode ser. Que as pessoas discutam o assunto.

Que alguém acorde. Que o mundo mude.
Que eu me acalme. Que o amor sobreviva.

'Cuide bem do seu amor, seja ele quem for'.

Herbert Vianna (Cantor e Compositor)

5 de jan. de 2009

A fé é a certeza sem as certezas humanas

Sim! A fé é a certeza contra as certezas!
A fé não precisa saber tudo. A fé sabe e confia em Quem tudo sabe!
A fé está aberta a tudo o que seja verdade e fato. Mas não se deixa condicionar por nada, pois o melhor conhecimento humano é sempre muito em parte, e, frequentemente, aquilo que hoje é inquestionável pelas certas-certezas humanas, amanhã se mostrará verdadeiro apenas em parte.

Einstein soube disso até morrer!
Ora, ele mesmo viu que verdades da Física eram sempre acrescidas de outras verdades contraditórias entre si, porém, inegáveis. Daí ele ter buscado a Teoria de Todas as Coisas, que seria a fórmula de conciliação de tudo.
Obviamente não conseguiu! Afinal, sem fé não se encontra tal fórmula.
A fé crê. A fé aceita o revelado. A fé transcende a tudo.
Por isso, quando não entende, o homem de fé entende que é normal não entender!

No entanto, a fé é baliza, é porta, é vereda, é rumo, é norte existencial.
Por isso, a fé não se confunde mesmo quando não sabe dizer a razão, pois na fé existe um tino de verdade que transcende as lógicas.
Por isso sem fé é impossível agradar a Deus, pois sem fé sobra apenas aquilo que agrada aos homens — ora, isso não é suficiente nem para a vida e menos ainda para a morte!

Assim, oro:
Senhor! Aumenta a minha fé!
Em Ti,
Caio
4 de janeiro de 2009
Lago Norte
Brasília
DF
www.caiofabio.com
www.vemevetv.com.br

2 de jan. de 2009

O que é o evangelho?

O que é o Evangelho?
por
John R. W. Stott
“Ó gálatas insensatos! Quem vos fascinou a vós outros, ante cujos olhos foi Jesus Cristo exposto como crucificado? Quero apenas saber isto de vós: recebestes o Espírito pelas obras da lei ou pela pregação da fé? Sois assim insensatos que, tendo começado no Espírito, estejais, agora, vos aperfeiçoando na carne? Terá sido em vão que tantas coisas sofrestes? Se, na verdade, foram em vão. Aquele, pois, que vos concede o Espírito e que opera milagres entre vós, porventura, o faz pelas obras da lei ou pela pregação da fé? É o caso de Abraão, que creu em Deus, e isso lhe foi imputado para justiça. Sabei, pois, que os da fé é que são filhos de Abraão. Ora, tendo a Escritura previsto que Deus justificaria pela fé os gentios, preanunciou o evangelho a Abraão: Em ti, serão abençoados todos os povos. De modo que os da fé são abençoados com o crente Abraão” (Gálatas 3:1-9).

a. O que é o evangelho.

O evangelho é Cristo crucificado, sua obra consumada na cruz. E pregar o evangelho é apresentar Cristo publicamente como crucificado. O evangelho não é, antes de mais nada, as boas novas de um nenê na manjedoura, de um jovem numa banca de carpinteiro, de um pregador nos campos da Galiléia, ou mesmo de uma sepultura vazia. O evangelho trata de Cristo na cruz. O evangelho só é pregado quando Cristo é “publicamente exposto na sua cruz”. Esse verbo, prographein, significa “exibir ou representar publicamente, proclamar ou expor em um cartaz” (Arndt-Gingrich). Era usado em referência a editais, leis e notícias que eram expostos em algum lugar público para que fossem lidos, e também com referência a quadros e retratos.
Isso significa que, quando pregamos o evangelho, temos de nos referir a um acontecimento (a morte de Cristo na cruz), expor uma doutrina (o particípio perfeito “crucificado” indicando os efeitos permanentes da obra consumada de Cristo), e fazê-lo publicamente, ousadamente, vivamente, para que as pessoas vejam como se o testemunhassem com os seus próprios olhos. Isso é o que alguns autores têm chamado de elemento existencial da pregação. Fazemos mais do que descrever a cruz como um acontecimento do primeiro século. Na realidade descrevemos Cristo crucificado diante dos olhos de nossos contemporâneos, de modo que sejam confrontados com o Cristo crucificado hoje e percebam que podem receber hoje a salvação de Deus vinda da cruz.

b. O que o evangelho oferece.

Com base na cruz de Cristo, o evangelho oferece uma grande bênção. Versículo 8: “Em tu serão abençoados todos os povos”. O que é isso? É uma bênção dupla. A primeira parte é justificação (versículo 8) e a segunda é o dom do Espírito (versículos 2-5). É com esses dois dons que Deus abençoa a todos os que estão em Cristo. Ele nos justifica, aceitando-nos como justos diante dele, e coloca o seu Espírito em nós. E ainda mais, ele nunca oferece um dom sem dar o outro. Todos os que recebem o Espírito são justificados, e todos os que são justificados recebem o Espírito. É importante observar esta dupla bênção inicial, uma vez que atualmente muita gente ensina uma doutrina de salvação em dois estágios, que primeiros somos justificados e só posteriormente recebemos o Espírito.

c. O que o evangelho exige.

O evangelho oferece bênçãos; e nós, o que devemos fazer para recebê-las? A resposta adequada é “nada”! Não temos de fazer nada. Temos apenas de crer. Nossa reação não consiste nas “obras da lei”, mas em ouvir a “pregação da fé”, isto é, não em obedecer a lei, mas em crer no evangelho. Obedecer é tentar fazer a obra da salvação pessoalmente, enquanto que crer é deixar que Cristo seja o nosso Salvador e descansar em sua obra consumada. Assim Paulo enfatiza que recebemos o Espírito pela fé (versículos 2 e 5) e que somos justificados pela fé (versículo 8). Realmente, a palavra “fé” e o verbo “crer” aparecem seis vezes neste pequeno parágrafo (versículos 1-9).
Assim é o verdadeiro evangelho, o evangelho do Antigo e do Novo Testamento, o evangelho que o próprio Deus começou a pregar a Abraão (versículo 8) e que o apóstolo Paulo continuou pregando no seu tempo. É a apresentação, diante dos olhos dos homens, de Jesus Cristo como crucificado. Nessa base tanto a justificação como o dom do Espírito são oferecidos. E se exige apenas a fé.
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Fonte: STOTT, John. A Mensagem de Gálatas. Editora ABU; pp. 69-71. Para saber mais: http://www.abub.org.br/editora/livros/bibliafalahoje.htm
Este artigo é parte integrante do portal http://www.monergismo.com/. Exerça seu Cristianismo: se vai usar nosso material, cite o autor, o tradutor (quando for o caso), a editora (quando for o caso) e o nosso endereço. Contudo, ao invés de copiar o artigo, preferimos que seja feito apenas um link para o mesmo, exceto quando em circulações via e-mail.

Igraja? Tô fora!


Na atualidade, podemos identificar o crescente interesse das pessoas pelo assunto "espiritualidade". As pessoas se mostram interessadas em conhecerem mais acerca dos princípios de Deus e da vida e ensinamentos de Jesus. No entanto, quando o assunto é "igreja" a história muda drasticamente. Por que isto? Mesmo entre aqueles que, por muito anos, frequentaram assiduamente uma igreja, parece existir uma crescente tendência a uma espécie de espiritualidade autônoma e solitária, acionando-se com uma comunidade local sem qualquer constância ou compromisso pessoal. Qual a razão desta tendência? Em "Igreja? Tô Fora!" você encontrará uma análise clara de algumas das principais causas que se encontram por detrás destes problemas. Ao ler e refletir sobre as idéias apresentadas, você se sentirá desafiado a repensar a igreja e a rever sua postura como discípulo de Jesus diante de Sua comunidade em missão no mundo.
Autor: Ricardo Agreste
Socep Editora 2007

1 de jan. de 2009

O evangelho maltrapilho


Muitos cristãos ainda temem deixar que Deus os ame como realmente são, afirma o ex-padre, alcoólico sóbrio e escritor


Brennan Manning é o autor de O evangelho maltrapilho, A sabedoria da ternura e outras obras já publicadas no Brasil.
O que é um maltrapilho?
Bem, o Antigo Testamento apresenta uma bela cena sobre os Anawims. No século 18, eles são os pobres, desabrigados e sem-terras; Deus um dia restaurará a prosperidade deles. No século 6, porém, os Anawims adquiriram um sentido de imensa profundidade espiritual. Eram os pobres de espírito, que tinham confiança inabalável em Deus e se comprometeram por completo a fazer a vontade dele.Agora, quando o tema chega ao Novo Testamento, os Anawims são os que se reúnem para conhecer Jesus em seu nascimento. São os pobres, desconhecidos, as pessoas à margem da respeitabilidade. São os pastores. Lá está Ana, uma senhora de 84 anos, e Simeão, um idoso. E todos os animais. E lá está, claro, a Virgem Maria, que fora considerada a última e a inferior em uma longa linhagem. Esses são os verdadeiros pobres de espírito. Eles reconhecem que dependem completamente de Deus, até mesmo para respirar, lançaram sua esperança sobre Jesus e se renderam à vontade do Pai. Isso, basicamente, é a definição de um maltrapilho.
Fale-nos de sua premissa sobre a confiança do crente em Deus.
A idéia básica se resume em uma sentença: O esplendor do coração humano que confia e é amado incondicionalmente dá a Deus mais prazer do que a Catedral de Westminster, a Capela Sistina, a Nona Sinfonia de Beethoven, os Girassóis de Van Gogh, a visão de dez mil borboletas em revoada ou o perfume de um milhão de orquídeas em flor. Confiança é o presente de retribuição que damos a Deus, que gosta tanto do presente que levou Jesus a morrer por amor a ele.
Foi isso que Jesus disse que precisamos trazer para o relacionamento?
Sim. Confiança e entrega como de uma criança, creio eu, é a definição do discipulado autêntico. Com frequência, a necessidade suprema em nossa vida é a mais ignorada: confiança inabalável no amor de Deus, qualquer que seja a situação. Penso que foi esse o ensinamento de Paulo ao escrever em Filipenses 4.13: “Tudo posso naquele que me fortalece”.
Mas, como podemos saber se estamos confiando mesmo?
A maioria das pessoas afirma que confia em Deus.A característica dominante de uma vida espiritual autêntica é a gratidão que brota da confiança – não apenas por todos os dons que recebo de Deus, mas gratidão também por todo o sofrimento. Por ser uma experiência purificadora, o sofrimento é, frequentemente, o caminho mais curto para a intimidade com Deus.Acrescentaria, também, que a confiança bíblica cresce a partir do amor. Minha confiança em Deus deriva da experiência do amor dele por mim, dia e noite, haja tempestade ou calmaria, doença ou saúde, esteja eu em boa ou má situação. Ele se aproxima de mim onde eu vivo e me ama como sou.Em João 17.26, Jesus disse: “Eu os fiz conhecer o teu nome, e continuarei a fazê-lo, a fim de que o amor que tens por mim esteja neles, e eu neles esteja”. Abba tem por nós exatamente o mesmo amor que tem por Jesus, quando habita em nosso coração. O problema é que a maioria das pessoas não sabe disso.
Quer dizer que parte do problema é falta de atenção?
Acredito que a verdadeira diferença na igreja americana não é entre conservadores e liberais, fundamentalistas e carismáticos, nem republicanos e democratas. A diferença está entre os que percebem e os que não percebem.Quando uma pessoa percebe esse amor, o mesmo que o Pai tem por Jesus, ela se enche de gratidão espontânea. O clamor de gratidão se torna a característica dominante de sua vida interior, e o subproduto da gratidão é alegria. Não ficamos alegres e depois gratos, é a gratidão que nos enche de alegria.
Mas existe o sofrimento, também. Em seu livro, em meio à gratidão e à contemplação de Deus, você fala de forma bem pessoal sobre como, se quisermos realmente aprender a confiar em Deus, não é possível evitar o sofrimento pessoal.
Quando eu vivia em Nova Orleans, sem frequentar nenhum centro de reabilitação para alcoólatras e dependentes de drogas, eu me agarrava a um gole de vodka e o que menos queria era o tratamento de 28 dias que poderia salvar minha vida.Continuei a beber – uma criança bêbada clamando: “Jesus, onde você está?”. Como vivenciamos a confiança no meio de dor, sofrimento, mágoa e puro desespero? Quer dizer, será possível suportar e por fim vencer o cenário sombrio e melancólico do mal e da destruição e voltar a sentir que o amor de Deus é incondicional? Essa é a pergunta que faço aos cristãos. Vocês confiam no amor de Deus? Todos respondem que sim, que sabem disso há muito tempo. Aí, observe como vivem. Há tanto medo, tanta ansiedade, tanta raiva de si mesmos. A melhor definição de fé que já ouvi foi feita por Paul Tillich: “Fé é a coragem de aceitar a aceitação”.O que significa isso? Fé é um código para aceitar que Jesus conhece toda a história de minha vida, cada segredo, cada momento de pecado, vergonha, desonestidade e degradação em meu passado. Agora mesmo Ele conhece minha fé superficial, minha vida de oração frágil, meu discipulado inconstante, aproxima-se de mim e fala: “Desafio você a confiar. Confiar que eu o amo exatamente como você é e não como deveria ser, porque você nunca será como deveria ser”.
Por que temos medo de Deus não nos amar como somos?
Minha percepção é que pensamos que, se deixarmos Deus livre em nossa vida, ele irá pedir demais de nós. Será que ele vai me mandar ficar 10 anos em Calcutá, com as missionárias de Madre Teresa? Será que vai me fazer ter câncer? Ele pode me mandar deixar minha esposa e ir viver sozinho numa caverna, pensando só nele. Esses temores malucos não têm nada a ver com o Deus verdadeiro, que se delicia com seu povo.Para mim, é mais importante amar do que ser amado. Quando a pessoa ainda não teve a experiência de ser amada por Deus, do jeito que é e não como deveria ser, então amar os outros se torna um dever, uma responsabilidade, uma tarefa. Mas, quando aceito ser amado como sou, com o amor de Deus derramado em meu coração pelo Espírito Santo, então posso alcançar os outros com menos esforço.
E a confiança que nasce desse amor, como você falou, é implacável.
Isso soa engraçado: confiança implacável. O dicionário define implacável como “sem piedade”. No contexto que estou usando, é sem autopiedade, que é a primeira reação normal inevitável. Creio ser perda de tempo tentar acabar com ela. Entretanto, chega o momento em que ela ameaça se tornar maligna. Pode nos atrair para a autodestruição e comportamentos como afastamento, isolamento, bebida, drogas e assim por diante. E depois apenas imploramos a graça de Deus para colocar um limite temporal em nossa autopiedade.O poeta disse que a última ilusão de que devemos abrir mão é o desejo de nos sentirmos amados. Há um monge que viveu durante 30 anos na abadia Genesee. Um visitante lhe perguntou se ele se sentia mais próximo de Deus do que há 30 anos. A resposta gloriosa do monge foi: “Não, mas isso não tem mais importância”. Ele estava tão livre da necessidade de se sentir amado que podia aceitar, indiscriminadamente, consolo ou desolação, presença ou ausência de Deus, como sendo a mesma coisa. Graças a Deus que, com a instabilidade de meus sentimentos frágeis, a presença dele em mim não depende do que eu sinto. Se dependesse eu estaria com sérios problemas.

Deus é vida até para os mortos


Disse-lhe Jesus: eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra viverá. (João 11:25)


Nessas palavras Jesus deixa muito claro o quanto Ele é Deus, e até onde vai o poder d'Ele. Nem a morte pode com Jesus. Mas há uma condição para isso, é necessário crer, isto Ele deixa claro. Em uma vida agitada, um mundo moderno e globalizado será temos tido tempo para crer? Será que temos tido tempo para buscar a face de Deus de um modo onde nem a morte pode nos amedrontar? Será que temos depositado tal confiança no poder de Deus, como fez as irmãs de Lázaro? Ou o nosso tempo é curto de mais e não podemos perder um segundo se quer na presença de Deus porque outras tarefas do dia serão mal feitas ou até mesmo deixadas de serem realizadas? Que importância tem Deus em nossas vidas? Que importância Deus tem em nossa família, nossos afazeres, trabalho, estudos etc? Se recordarmos o sermão da montanha, lá em Mateus, no capítulo 6 Ele vai nos dizer algo muito importante: buscai pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas. (Mateus 6:33) Creio que não é necessário dizer mais nada. Deus é vida até para os mortos, imagina o que Ele pode e quer fazer por nós desde que o busquemos, desde que confiemos, desde que nos dediquemos a Ele, com fé, com amor. Se o problema vem, na hora lembramos de Deus, quando há adversidade não poupamos tempo em buscar a presença do Pai, mas é só nesses momentos que Deus tem ouvidos para nós? Ele quer também participar de momentos alegres de nossas vidas.

Que neste ano de 2009 possamos nos lembrar de Deus com mais frequência, possamos dedicar uma parcela do nosso tempo aos pés da cruz de Jesus buscando intimidade com Deus através do Seu Espírito. Reconhecer quem éramos, antes de Jesus, e quem somos agora. Pois lembrem-se: Porque se meu pai e minha mãe me desampararem, o Senhor me acolherá. (Salmos 27:10) Essa é a confiança que podemos ter. Não há morte, pai, mãe, problemas que faça que Deus se esqueça de nós, precisamos apenas crer.

Feliz 2009.

Soli Deo Gloria

João Marçal - Bacharel em Teologia