26 de jul. de 2009

ESPIRITUALIDADE


A espiritualidade dos Padres do deserto é um exemplo a ser seguido. A vida monástica é um dom, ou seja, o isolamento para se buscar a Deus não é para qualquer um. Não é um acampamento de final de semana, um "encontro com Deus" é uma vida de doação e devoção.

O livro, "O céu começa em você", nos conta o quanto esses homens, em várias épocas da era cristã, se dedicavam, numa vida de clausura, à busca incessante da presença de Deus. Não eram servos de finais de semana, não buscavam reconhecimento e muito menos eram estrelinhas do cristianismo.
Eram homens que, incondicionalmente, incansalvelmente, buscavam a glória de Deus para a glória de Deus.

Temos muito ainda que aprender sobre espiritualidade, com os pais da igreja, esta, que desde o início da era cristã, é tão verdadeira e tão real.
Os dias agitados de hoje, a era da pós modernidade, família, trabalho, estudos e tantos outros compromissos nos impedem da clausura monástica e de uma busca a Deus de forma tão mística e tão completa, como faziam esse monges.
Mas se talvez ficassemos longe da televisão e de alguns afazeres, que podem ficar para depois, possamos buscar a Deus de uma forma mais intensa e assim começar a ouvir a voz do Pai.

A bíblia nos diz que Jesus, por várias vezes, se retirava para orar sozinho,é com Ele que devemos aprender.
O estilo de vida agitada e conturbada, não nos permite ter uma vida espiritual sadia, como diz Anselm Grün, autor do livro citado, "Uma espiritualidade sadia necessita também de um estilo de vida sadio", e diz também, "Se a vida não vai bem, a pregação também não irá bem e a espiritualidade acaba ficando sem valor".
Que estilo de vida temos levado, para dizermos que buscamos a Deus e somos verdadeiramente cristãos?

A verdadeira espiritualidade deve, através da oração, me levar ao Deus verdadeiro, se não a oração e a espiritualidade se tornam vãs.
Hoje ouvimos muito que não é o tempo que importa e sim a qualidade que temos na presença de Deus, usamos isso como desculpa ou muletas, para termos 10 ou 15 minutos de oração e acharmos que foi o suficiente, voltamos às novelas, ao futebol ou bigbrothers da vida.

Pensemos nisso e dediquemos mais de nossa vida ao nosso Deus que deu a vida de Seu Filho por dedicação a nós.


João Marçal
Teólogo

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