15 de jun. de 2010

IGREJA



Igreja é um lugar onde o Pai se sente em casa,

Onde é adorado pelo que é e não pelo que pode,

Onde é obedecido de coração e não por constrangimento,

Onde o seu reino é manifesto no amor, na solidariedade, na fraternidade e serviço ao outro,

Onde o ser humano se perceba em casa e seja a casa de Deus e do outro,

Onde Jesus Cristo é o modelo, o desejo e o caminho,

Onde a graça é o ambiente, o perdão a base do relacionamento e o amor a sua cimentação.

Onde o Espírito Santo está alegre pela liberdade que desfruta para gerar e expressar a Cristo,

Onde Ele vê os seus dons serem usados para edificar, provocar alegria e servir ao próximo,

Onde todos andam abraçados,

Onde a dor de um é a dor de todos,

Onde ninguém está só,

Onde todos têm acesso ao perdão, à cura de suas emoções, à amizade e a ser cada vez mais parecido com Cristo,

Onde os pastores são apenas ovelhas-exemplo e não dominadores dos que lhes foram confiados,

Onde os pastores são vistos como ovelhas-líder e não como funcionários a serem explorados.

Onde não há gente nadando na riqueza enquanto outros chafurdam na miséria,

Onde há equilíbrio, de modo que quem colheu demais não esteja acumulando e quem colheu de menos não esteja passando necessidades.

Enfim, a comunidade do reino de Deus,

Onde aparece a humanidade que a Trindade sonhou,

Onde a cidade encontra paradigmas.

Onde o livro texto é a Bíblia.

EXTRAÍDO: http://ariovaldoramosblog.blogspot.com/

13 de jun. de 2010

O PODER DO EVANGELHO E SUA INFLUÊNCIA

Vivemos um tempo muito perturbador. A fé está escassa e o amor tem se esfriado, vivemos uma época de egoísmo e egocentrismo. “EU” sou a pessoa mais importante do mundo, o mundo gira em torno de mim e tudo que existe, existe para me satisfazer. Muitas vezes este é o pensamento que toma conta de nossas mentes. Inconscientemente pensamos assim, mas o que entristece é que muitas vezes fazemos isso conscientemente.

Até no que é ruim queremos ser melhor do que os outros. É fácil fazer o teste, chegue um dia em seu trabalho e fala que dormiu mal ou que está com dor de cabeça que logo vão aparecer aqueles que dirão que já faz duas noites que não dormem e que a enxaqueca ataca faz mais de uma semana. Isto é egoísmo puro, não nos importamos mais com o nosso próximo, o nosso problema é maior do que o de todos e não nos importamos em ser solidários com a insônia ou com a dor de cabeça de nosso amigo, queremos sim, mostrar que, isso que o aflige é maior em nós do que nele.

Agora uma pergunta que eu faço: se o evangelho é transformador, por que a Igreja está cheia de pessoas assim? Se o evangelho faz a diferença nas pessoas por que as pessoas não são diferentes? O que o evangelho tem feito na vida das pessoas? Parece que o evangelho não constrange mais as pessoas. Parece que o sacrifício de Jesus na cruz não faz mais a diferença na vida das pessoas. Também não se ouve mais falar em sacrifício, em cruz, em pecado, em arrependimento. As igrejas, principalmente as midiáticas, falam de tudo, menos de ARREPENDIMENTO. É dízimo – e algumas igrejas têm falado em 20% - são curas e milagres que deixam dúvida em nossa fé. O que será que realmente tem acontecido.

Se o Brasil é de Jesus, como muitos dizem. Se o Brasil é um dos países mais evangelizados, como se ouve por ai, por que, eu pergunto, por que a violência tem aumentado, por que mais e mais jovens se tornam usuários de drogas, por que a cracolândia, em São Paulo e nas grandes cidades, só aumenta o número de pessoas se drogando? Por que a corrupção não para, num congresso onde muitos são evangélicos? Que influência o Evangelho tem feito nesta sociedade tão drogada?

Creio que está na hora de, nós cristãos, abrirmos os olhos, pararmos de criticar outros credos e outras religiões, nos posicionarmos como cristãos. Não aceitar o que a TV tem nos mostrado. Não aceitar o quanto líderes têm roubado nosso coração, tirando o foco que é Jesus e colocando o foco no dízimo ou nos milagres duvidosos. Se quisermos realmente fazer a diferença temos que mostrar que somos diferentes, por que se, eu enquanto cristão, não fizer a diferença, que diferença faz?

No amor do Eterno

João H. R. Marçal

PARA QUEM QUER SER LIVRE

Nele estava a vida, e esta era a luz dos homens. A luz brilha nas trevas, e as trevas não a derrotaram. João 1.4,5
Este é o julgamento: a luz veio ao mundo, mas os homens amaram as trevas, e não a luz, porque as suas obras eram más. Quem pratica o mal odeia a luz e não se aproxima da luz, temendo que as suas obras sejam manifestas. João 3.19,20
Jesus veio cheio de graça e de verdade. João 1.14
E conhecerão a verdade, e a verdade os libertará. João 8.32
Eu sou a verdade. João 14.6

A verdade nos liberta quando enxergamos o mundo a partir de Jesus de Nazaré, quando damos razão a Ele e aceitamos que a vida é o que Ele descreve e não o que sentimos ou enxergamos a partir de nosso engano essencial. Não sou eu que leio o Evangelho, é ele quem me lê.

Invariavelmente a verdade nos constrange e corrige. Quem não se descobre em falta, não encontrou a verdade. Para quem o inferno é o outro, a verdade é uma ilusão. Por medo de sermos condenados escondemo-nos da luz.

Jesus, porém, traz a Verdade e a Graça. Somente a partir da Graça é que experimentamos a verdade sem sermos destruídos. Vamos à Luz não para sermos condenados, mas para enxergarmos melhor a nós mesmos a fim de recebermos cura. Somente quem traz à luz sua verdade é que pode experimentar a Graça do perdão.

A ordem dos fatores não altera o resultado. Às vezes voluntariamente saímos das trevas em direção à luz, às vezes a vida cuida de acender faróis flagrantes em nossa direção. Às vezes nossa verdade vergonhosa é exposta e descobrimos quem de fato nos ama graciosamente apesar de quem somos. Às vezes somos atingidos pela experiência da Graça que assume para si toda nossa verdade.

©2010 Alexandre Robles
http://www.alexandrerobles.com.br

6 de jun. de 2010

O pouco gospel e o muito cristão


Só uma palavra define a música gospel: mercado


Não entendo música gospel. Pior, não gosto de música gospel. E não gosto porque ela simplesmente não faz sentido, não se explica. Trata-se do único “estilo” musical que independe do estilo musical. Já existe rock gospel, samba gospel, pagode gospel, sertanejo gospel e o escambau gospel. Mas o problema é que a tal música gospel não se define.

Música gospel não se define pela temática. Caso contrário, Gilberto Gil e Renato Russo teriam de ser rotulados de góspeis com suas canções Se eu quiser falar com Deus e Monte Castelo, respectivamente. A primeira é uma ode à oração e a segunda, uma adaptação de I Coríntios 13. Música gospel também não se define pela opção religiosa de seus intérpretes ou compositores. Fosse assim, a arte produzida por Johan Sebastian Bach e por uma certa banda de Dublin teria de ser chamada de gospel.

Música gospel não se define tampouco como música litúrgica. Afinal, faz tempo que ela deixou a igreja para invadir palcos, shows e rádios mundo afora. A música gospel do século 21 possui objetivos muito maiores do que a tradicional função de adoração, louvor e introspecção da música litúrgica – embora, claro, ainda possa eventualmente cumprir esta função.

Mas então, o que define a música gospel? Só consigo pensar em uma palavra: mercado. A definição musical de gospel é antes de tudo mercadológica. Música gospel é aquela feita por evangélicos para evangélicos, de crente para crente, delimitando assim uma área de atuação e ganhando força comercial por meio de uma rotulação excludente. Até aí, tudo bem; qual seria o problema? Bem, o problema é que este tipo de música apenas alimenta e faz crescer o muro que construímos em volta de nosso gueto cristão. Contrariando afrontosamente o chamado de Jesus em Mateus 5.13 – “Vós sois o sal da terra” –, estamos nos fechando cada vez mais em nosso gueto, em nosso mundinho gospel, limitando nosso relacionamento e vivência com o mundo, tanto com seu lado impuro quanto com seu lado neutro ou simplesmente laico. E a tal de música gospel serve muito bem a este isolamento, impedindo que sejamos sal e que testemunhemos.

Os grandes músicos cristãos, verdadeiros missionários, são aqueles que levam a mensagem cristã ao mundo, sem se pré-rotularem de gospel, sem colocar o mercado à frente da mensagem e que, curiosamente, acabam por conquistar o mundo justamente pela sua atitude. E vamos dar nomes a alguns bois. Sou fã da música cristã do Bono Vox e do Lenny Kravitz. O vocalista do U2 dispensa apresentações. Filho de mãe anglicana e pai católico, Bono conviveu com a divisão religiosa desde pequeno em sua própria casa. “Eu lembro de minha mãe levando eu e meu irmão à igreja e meu pai esperando lá fora. Uma das coisas que aprendi com minha mãe e meu pai é que a religião frequentemente prejudica Deus”, já declarou a celebridade irlandesa. Ainda assim, a fé de Bono sobreviveu e ele leva uma vida de acordo com os preceitos do cristianismo.

Mas estamos aqui para falar de música, e este trecho da letra de I still haven’t found what I am looking for é um verdadeiro hino à fé:

Eu acredito no Reino Vindouro

Quando todas as cores sangrarão em uma

Sangrarão em um só

Mas, sim, eu ainda estou correndo

Você quebrou as cadeias

E você soltou as correntes

Carregou a cruz

Da minha vergonha

Oh, minha vergonha

Você sabe que eu acredito

Já Lenny Kravitz eu descobri recentemente, quando tive a chance de assistir um de seus shows. Curti muito e depois do show fui pesquisar a vida deste filho de pai judeu e mãe negra. A primeira surpresa veio quando descobri que ele tem uma tatuagem com os seguintes dizeres: “Meu coração pertence a Jesus Cristo”. Depois, lendo suas entrevistas, soube que ele se converteu aos 13 anos por meio de um amigo e que sentiu fisicamente a presença de Deus no quarto em que estava naquele momento. Recentemente, tem se declarado casto, evitando uma atitude hipócrita em relação aos preceitos cristãos em que acredita. Mas e a música deste multinstrumentista novaiorquino? O que ela tem de cristã? Responda você mesmo depois de conhecer a letra de The ressurrection:

Se você sentisse o que eu posso sentir

Bem, então você saberia que seu amor é real

Se você ouvisse o que eu posso ouvir

Bem, então você saberia que o Rei está próximo

A ressurreição está aqui para ficar

E ele está voltando de novo

Para resgatar suas almas e nos tornar livres

A ressurreição está aqui para dizer

Que ele está voltando de novo

Veja o que ele fez comigo

Agora eu vivo em outro tempo e espaço

Ele andou no caminho da retidão

Para nos proteger da ira de Satanás

Não estamos sozinhos

E estamos indo para casa

Alguma dúvida?

Popularity: 8%

http://cristianismohoje.com.br/ch/o-pouco-gospel-e-o-muito-cristao/